Ao longo da sua carreira, trabalhou como músico, arranjador e produtor musical com diversos artistas. Gravou vários álbuns e acompanhou grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Elza Soares, Fafá de Belém, Antonio Nóbrega, entre outros, tanto no Brasil como no exterior. No meio académico, foi investigador no projeto "Mapeamento do Samba em Pernambuco", publicado em 2021.

Desde 2019, reside em Lisboa, onde foi investigador no projeto "Sound of Tourism" (2020-2022). Continua a atuar como músico em projetos de várias cantoras, sendo baixista e diretor musical da artista Ákila (a.k.a. Puta da Silva), além de colaborar com Madu, Vitória Farias, Aida Rosa e integrar o Tangará Duo, ao lado do clarinetista e cantor Gu Juventino.

É também facilitador voluntário no projeto "Sons de Mudança", coordenado pelo PhD Abel Arez, inserido no programa PARTIS da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com o Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna e a Academia de Música Urbana Skoola.

Enquanto investigador, Cláudio Nascimento dedica-se ao estudo das formas como a música e os sons transformam as vizinhanças, os lugares, os bairros e as cidades em diferentes partes do mundo. A sua abordagem procura entender como o som e a cidade influenciam mutuamente a configuração do ambiente sonoro urbano.

A sua investigação centra-se em compreender como a música e o som transformam a vivência nos espaços urbanos — uma transformação que vai além do material, atingindo também o convívio e o imaginário coletivo. O estudo desenvolve-se a partir de três eixos principais:

Tempo: pequenas histórias que influenciam a experiência urbana;

Lugar: o espaço de sociabilidade onde essas experiências ocorrem;

Metáfora: conceitos e perspetivas que valorizam as vivências individuais e coletivas dos habitantes.

O objetivo do seu trabalho é iluminar argumentos que contribuam para uma reconfiguração da relação entre “espaço”, “lugar” e “som”. Assim, o espaço ("space") é entendido como as forças que ocupam (ou não) uma determinada área; o lugar ("place") representa as formas pelas quais as pessoas reafirmam a sua liberdade e identidade através de símbolos geográficos próprios; e o som ("sound"), como elemento modelador do ambiente sonoro urbano.